Trago comigo o exercício da convergência

 


Sou, talvez, o resultado da síntese que representa minha trajetória de existência, desde minha infância num bairro sem condições de saneamento e infraestrutura, numa cidade satélite de Brasília, onde aprendi desde cedo a lutar por melhores condições de vida. Desde cedo quis servir à comunidade. Na infância brincava de ser padre, depois fui Coroinha na Igreja São Sebastião, ajudando os padres nas celebrações. Sempre gostei muito de ler. Aos 13 anos fui presidente do Grêmio Estudantil da minha escola, ainda no Ensino Fundamental.  Aos 15 anos já participava do Movimento comunitário de moradores, chegando a ocupar, a partir de 18 anos, diversas funções na Associação de Moradores do Setor Leste do Gama. Depois cheguei a ser diretor do Centro-Oeste da Confederação Nacional de Associações de Moradores – CONAM. Fundei a Associação dos Trabalhadores em entidades sindicais do DF. Fui militante do Movimento por Melhorias no Transporte do DF, atuei no Movimento de Luta pela Moradia Popular – MNLM, entre outros movimentos sociais. Fui seminarista, revelando novamente minha tendência de servir ao próximo. Descendente de nordestinos, de início humilde e tímido, aprendi a superar barreiras, reconhecer meus próprios erros para aprender com eles e fazer da vida um desafio pelo qual se vale a pena lutar sempre.

 Em Uberlândia, fundei o Movimento Cidade Futura, depois participei da criação da Associações de Usuários de Transporte e da dos Ciclistas. Fui membro do Conselho Estadual de Política Urbana, do Conselho Municipal de Saúde, do Conselho Municipal do Plano Diretor, entre outras funções.

 Sou pesquisador na área de planejamento urbano, gestão de cidades, mobilidade urbano, planejamento cicloviário e geotecnologias. Sou jornalista profissional, geógrafo urbanista e mestrando em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Uberlândia.

 Mas não estou só nessa caminhada. Trago comigo o exercício da convergência para que haja mais pontes entre as margens distantes. Trago comigo a visão solidária que deve ser o princípio motivador de uma liderança comunitária sem apego à bens materiais e privilégios. Trago comigo o sentimento de que é no campo da ação prática, mediante projetos sociais efetivos que só tenham como meta desenvolver as comunidades e não ter um meio de ganhar renda para si, como muitos o fazem em entidades ditas não-governamentais.

 Tenho várias lutas em minha vida. Todas sempre como prioridades colocando os interesses coletivos, agindo com ética e falando a verdade do que penso e sinto. Por causa disso tenho sofrido incompreensões e ataques. Todavia, venho aprendendo com tudo que acontece.

 Não quero falar tudo que já fiz na minha vida aqui, mas apenas expressar meu compromisso em lutar por cidades mais justas e sustentáveis, com acessibilidade para todos, inclusive para os ciclistas.

 Por isso, quero convidar as pessoas que me seguem e aprovam meu trabalho para que passem da palavra à ação, da ação à execução e da execução à consolidação das ideias pelas quais tanto lutamos. Enfim, a ação transformadora ao lado da imensa família de pessoas de bens que pode melhorar a nossa cidade, que hoje é Uberlândia.

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